quinta-feira, dezembro 5, 2024
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A História de Buda e os Ensinamentos do Budismo

Desde a vida de Siddhartha até a Transmissão dos Ensinamentos da Roda do Dharma.

A História de Buda e os Ensinamentos do Budismo: Um Caminho para a Iluminação

Dos livros, Introdução ao Budismo e Budismo Moderno

Budismo ou Buddadharma são os ensinamentos de Buda. Buda transmitiu no total, 84 mil ensinamentos.
Budismo Kadampa: Vertente dos ensinamentos de Buda elaborado por Atisha, um dos seguidores de Buda.
As 3 joias da iluminação são: Buda, Dharma e Sangha. Buda, estado de iluminação, Dharma, ensinamentos de Buda e Sangha, grupo de seguidores, comunidade.

O início de tudo… História de Buda

O Buda que fundou a religião budista chama-se Buda Shakyamuni. Shakya é o nome da família real que ele nasceu e a palavra muni significa “o capaz”. Buda Shakyamuni nasceu em 624 a.C., em Lumbini, que na época fazia parte da Índia, mas hoje pertence ao Nepal. A sua mãe foi a rainha Mayadevi e o seu pai, o rei Shudodana.

Buda Shakyamuni, o 4º dos mil Budas afortunados. Os primeiros foram: Krakuchchanda, Kanakamuni, Kashyapa. O próximo será Maitreya.

Buda significa “o Desperto”, alguém que acordou do sono da ignorância e vê as coisas como realmente são. Um ser que abandonou por completo todas as delusões (ignorância, apego, ódio, raiva, inveja, orgulho, etc).

Sua mãe, a rainha Mayadevi sonhou que iria gerar um ser puro e que o seu filho viria do céu de Tushita, a Terra Pura de Maitreya. Seu pai, o rei Shudodana pediu a um brâmane, deus mundano, vidente para fazer predições sobre o futuro do príncipe e o vidente disse que o príncipe se tornaria um rei chakravatin (o mais poderoso dos reis e dono da roda preciosa), líder do mundo inteiro, ou um Buda plenamente iluminado.

Durante a infância, o príncipe usava todas as oportunidades que tinha para inspirar e encorajar as pessoas a seguirem caminhos espirituais. Por vezes visitava o reino paterno para ver como o povo vivia e num desses passeios percebeu que todos os seres vivos, sem exceção, estavam condenados a experienciar os 4 sofrimentos: o sofrimento do nascimento, da doença, do envelhecimento e da morte.

Sidarta viu com clareza que só um Buda plenamente iluminado podia ajudar todos os seres vivos a suportar e superar esses sofrimentos e decidiu sair do palácio e recolher-se à solidão da floresta, onde se empenharia em profunda meditação até alcançar a iluminação.

Aos 29 anos, teve uma visão, na qual todos os Budas das 10 direções lhe apareceram e falaram que havia chegado a hora de cumprir a decisão de se tornar um Buda Conquistador para ajudar todos os seres vivos, prisioneiros do ciclo dos 4 sofrimentos.

E depois de contar a sua missão para os pais, que tentaram em vão impedir que o filho deixasse o palácio, Sidartha partiu para a floresta e durante 6 anos enfatizou e treinou uma meditação denominada “concentração semelhante ao espaço no Dharmakaya, que, em sânscrito, significa o corpo-verdade de um Buda e que consiste em se concentrar de modo estritamente focado na natureza última de todos os fenômenos.

E ao perceber estar quase atingindo a sua missão, caminhou até Bodh Gaya no 15º dia do 4º mês lunar o que para nós corresponde a abril, encontrou a árvore Bodhi e fez o voto de não sair da meditação profunda até que tivesse conquistado a perfeita iluminação. A partir daí, entrou em concentração semelhante ao espaço no Dharmakaya.

Além das tentações e provações que Sidartha teve que passar com o seu pai para que desistisse da sua missão, houve a interferência e também em vão de Mara Devaputra, chefe de todos dos demônios. Todas as investidas não resultaram e os projeteis, pedras e montanhas lançadas pelo demônio ao Sidartha para tirá-lo do profundo estado de meditação que ele se encontrava, chegavam até ele como chuva de flores perfumadas e luminosas oferendas de arco-íris.

Depois disso, de tanta provação, Sidartha mesmo assim conseguiu prosseguir com a sua meditação, quando enfim alcançou a última mente de um ser limitado – a concentração-vajra. Com essa concentração, ele removeu os derradeiros véus da ignorância e, no instante seguinte, tornou-se um Buda, um ser plenamente iluminado.

Passados 49 dias da sua iluminação, Buda foi solicitado, pelos deuses Brahma e Indra, a dar ensinamentos. Em resposta a essa súplica, Buda saiu da meditação e ensinou a primeira Roda do Dharma e em sequência, todas as outras, que são no total 4.

A 1ª é O Sutra das 4 Nobres Verdades são a principal fonte de Hinayana. A 2ª e a 3ª rodas do Dharma são os sutras da perfeição da sabedoria e o surta discriminando a intenção.

A Roda do Dharma

A Roda do Dharma são os ensinamentos de Buda
Diz a lenda que em tempos antigos, conhecidos Reis Chackravitin tinham muitas posses, entre elas uma preciosa roda. Com esta roda, em qualquer lugar do mundo que esses reis fossem, podiam através dela, controlar a região. Por isso que se diz que os ensinamentos de Buda são como a preciosa roda, pois em qualquer lugar do mundo ao seguir seus ensinamentos, é possível controlar as delusões e aflições.

Dharma significa proteção e praticar os ensinamentos da Roda do Dharma, ficamos protegidos dos sofrimentos e problemas.
Segundo os cálculos da época, Buda deu início à sua iluminação aos 29 anos, mas só concluiu a sua missão ao transmitir a roda do Dharma, por volta 57 anos de idade e seus ensinamentos eram transmitidos para monges numa montanha que ficou conhecida como a Montanha do Bando de Abutres. Essa localidade próxima da Bogh Gaia, na Índia.
Seus ensinamentos eram passados para monges, monjas, Bodhisattvas (mentes iluminadas), deuses, semideuses, nagas e espíritos.

Entre seus seguidores Shariputra foi o principal discípulo de Buda Shakyamuni.
Buda transmitiu no total, 84 mil ensinamentos. Buda transmitiu seus ensinamentos em 3 principais momentos que são conhecidos como as 3 giradas da Roda do Dharma. A primeira girada ele ensinou as 4 nobres verdades, na segunda girada, ensinou os sutras perfeição de Sabedoria e revelou a visão Madhyamika-Prasangika e a terceira girada, a visão Chittamatra. A visão final de Buda é a segunda roda do Dharma.

Sutra das 4 Nobres Verdades: Quais são os verdadeiros sofrimentos; quais são as verdadeiras origens; as verdadeiras cessações; os verdadeiros caminhos.
O samsara, que é o sofrimento, é o verdadeiro sofrimento; as delusões e as ações, são as origens do sofrimento; a libertação é a cessação e finalmente o caminho que leva à libertação são os verdadeiros caminhos. Se praticarmos os ensinamentos da roda do Dharma, atingimos a paz interior e com a paz interior, atingimos a paz exterior.

Sentimentos a serem praticados que nos impedem de atingir a paz interior: raiva, apego e ignorância, se trocarmos estes sentimentos por, por exemplo, paciência, podemos cessar a raiva. Ou seja, a raiva é a verdadeira origem, mas se substituída pela paciência, é o verdadeiro caminho, e assim serve para o apego, o ódio, a ignorância.

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